quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo

MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Com sua reconhecida capacidade intelectual de análise e crítica da conjuntura política, o Procurador do Trabalho, Dr. Sandro Sardá, nos contempla a todos nós que acreditamos no sonho da construção de um partido dos trabalhadores capaz de promover as reformas políticas e sociais em prol de todos os cidadãos, como aliás, ficou expresso na Carta Cidadã de 1.988 em que se deu prevalência ao social e o compromisso do capital por ser parceiro do estado para que se possa cumprir seu principal objetivo que é o da promoção social de todos, sem discriminação e ou exclusão. Com esse ideário sinalizado, saímos a campo, buscando estruturar no país o partido dos trabalhadores (PT), visitando trabalhadores em todos os cantos do território nacional, para filiação e participando como candidato ao parlamento, diante da exigência que se impôs no país da exigência de que o partido tivesse estruturação regularizada e candidatos em todos os níveis, municipal, estadual e federal. Em nosso entender corretíssimas as análises do Procurador Dr. Sandro Sardá: “ As manifestações populares de rua expressam essa insatisfação popular com as práticas de gestão governamental que não ousaram vencer as resistências e que impedem os avanços sociais exigidos por imensos setores da cidadania brasileira, tal como conclui o festejado Procurador: o governo não implementou de forma adequada políticas de saúde, de educação, de reforma agrária (aliás neste ponto o governo Dilma é uma tragédia, pior do que o FHC), de proteção ambiental, de redução de jornada, avanços na previdência social, dentre outros. A tragédia é tamanha que agora estamos a combater um projeto de terceirização ridículo e precarizante em um suposto governo dos trabalhadores. Acho que o Francisco de Oliveira foi até light em sua análise.O pior de tudo é que estamos em opção. Temos a gerentona (Dilma venda casada PT-PMDB), a direita (Aécio) ou a direita disfarçada (Marina e Campos). Luiz Salvador, Fundador Nacional do PT e atual Vice-Presidente da ALAL – Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistass (www.alal.com.br) MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo De: Sandro Sarda Bloquear contato Para: "jutra@googlegroups.com" Exibir todos destinatários Data: Dom 10/11/13 23:02 Estimados, Excelente entrevista. Fazia tempo que não lia uma análise tão lúcida. Finalmente alguém da esquerda que não perdeu o poder de crítica. Ao que tudo indica boa parte da esquerda que, inclusive acreditou no PT como projeto de transformação social, receia em adotar um discurso mais duro com temor em alimentar o avanço da direita brasileira marcada por sua visão elitista e escravagista. Me parece uma posição até natural, mas que deve ser repensada. Acho que a crítica é necessária. Pena que são tão poucas vozes na esquerda. Aliás, demorou 10 anos para alguém de peso dar visibilidade ao estelionato eleitoral que vem se configurando o governo do PT, inclusive nos Estados como é o caso do Governo do Tarso no RS que tem um dos mais baixos pisos salariais da educação em todo o Brasil. É absolutamente preocupante o silêncio da esquerda em criticar o PT e seu governo. A par da retirada de 40 milhões da pobreza e da miséria, o governo não implementou de forma adequada políticas de saúde, de educação, de reforma agrária (aliás neste ponto o governo Dilma é uma tragédia, pior do que o FHC), de proteção ambiental, de redução de jornada, avanços na previdência social, dentre outros. A tragédia é tamanha que agora estamos a combater um projeto de terceirização ridículo e precarizante em um suposto governo dos trabalhadores. Acho que o Francisco de Oliveira foi até light em sua análise. O pior de tudo é que estamos em opção. Temos a gerentona (Dilma venda casada PT-PMDB), a direita (Aécio) ou a direita disfarçada (Marina e Campos). Penso, sinceramente, que o processo de renovação da esperança e da dimensão utópica vai exigir, antes de qualquer coisa, uma crítica séria e profunda em relação ao PT, ao governo do PT e aos movimentos sindicais brasileiros. Forte abraço a todos Sandro CC: jutra@googlegroups.com From: magdabia@terra.com.br Subject: Re: [jutra.org:12759] Re: MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Date: Sun, 10 Nov 2013 21:55:33 -0200 To: jutra@googlegroups.com Não estamos discutindo a ideia mas a capacidade de termos esperança!!!! Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 20:54, Ellen Mara Ferraz Hazan escreveu: Meus queridos amigos. O Chico e o Luiz Carlos Moro estão com a razão necessária Para nos fazer pensar e agir. pensem, discutam e não tirem a razão de qualquer pessoa em face da idade. Lembrem que a idade nos da sabedoria. Enviado via iPad Em 10/11/2013, às 16:52, Luís Carlos Moro (pessoal) escreveu: Amigos: Encantado com a vida, não abandono a perspectiva de que a luta que a caracteriza. A luta por direitos, a luta pelo direito (não pela direita). Manifestações de ruas, negociações de salões, pão, pães, tudo compõe o estado da nossa organização social. O importante é a compreensão do momento para apreensão do correto intento e organização desse movimento. Cada avanço é uma vitória. Cada passo, um avanço. Cada desejo um passo. Quero ir do desejo à vitória, com a determinação de quem a razão assiste. Agradeço as análises, mas prefiro as ações. Por isso é imprescindível que tenhamos um foco. O de hoje parece ser o não à terceirização que se pretende no Brasil. Vamos dizer não ao PL 4330/2004! Abraços a todos, Luís Carlos Moro. De: Marcelo Chalreo - Sala 701 chalreo@nextcon.com < chalreo@nextcon.com > Enviada: Domingo, 10 de Novembro de 2013 17:06 Para: jutra@googlegroups.com Assunto: Re: [jutra.org:12754] Re: MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Magda e demais, tiros giratórios ou não, o fato é que linhas gerais com acerto o Chico Oliveira. Gostaria que assim não o fosse, mas o é. Em 10/11/2013 16:37, "Magda" escreveu: Grande Lídia. Os comentários que estamos fazendo dizem respeito a um artigo do Chico de Oliveira, na Folha de hoje, que não deixa sobrar para ninguém!!! Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 14:22, Lidia Guevara escreveu: Compañeros todos, disculpen que entre en este tema tan desagradable, pero querida Magda, si quieren llevarnos a la idea de que no hay solución o que lo mejor es salir a las calles y armar una revolución social, esa no es la vía ahora. Digan lo que digan, los que lejos están y quieren que resolvamos los problemas en América Latina al estilo europeo, hay que decirles sencillamente, que América Latina ahora tiene mejores condiciones para el cambio que ellos, que dejen aunque sea tranquilos a nuestros dirigentes, que no he visto esa misma posición de crítica "con ráfagas de ametralladoras" para los que están acabando con este mundo y lo inundan de miseria y dolor. Incluso, se había tomado la decisión de traer médicos como solución cierta y no temporal a la situación de salud del país y qué pasó con el Colegio Médico: No, no queremos médicos cubanos como si fuesen descalificados y desconocedores de su profesión. Queremos que la población siga necesitando el servicio médico privado y no público. Siempre he dicho algo que me enseñaron mis padres y abuelos: El sol tiene manchas, pero alumbra y da calor, nos ayuda a vivir, entonces ayudemos al sol a que las manchas vayan desapareciendo, pero poco a poco, no se puede cambiar en un día. Ni tampoco queremos esperar tanto que no haya solución alguna. Si hay que salir a las calles, Bienvenida sea la lucha callejera. Pero si hay espacio a la negociación, ayudemos a la Presidenta, que no lo ha hecho tan mal en su mandato. 2013/11/10 Magda Correto. Estou tranquila. Mas me entristece o jogar de toalha do compadre do meu companheiro. Aliás, o Ornitorrinco foi gestado na banca de doutorado do Caico da qual o amado Chico fazia parte. Mas enfim entre, por um lado, construir a cabana para enfrentar o planeta Melancolia que ameaça destruir a terra ou, por outro, fazer coro aos que a querem ver destruída, metaforicamente, a lá Lars Von Trier, fico com a ação da bela noiva agora liberada do casamento que a aprisionaria. Enfim, "pão ou pães , questão de opiniaes" dizia o grande intérprete do Brasil. Grandes abraços, críticos porém nãos devastadores a ponto de se conestar com a invasão do Melancolia! Não quero voltar para casa abatida desencantada da vida!!!! Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 11:40, JOSÉ DE ALENCAR escreveu: Caríssima Magda. Fique tranquila. O Chico está na idade em que ele pode ser essa metralhadora giratória sem riscos. Para ele, pelo menos, cuja reputação está acima do que agora diz. Nessa idade, com todo o respeito, ele adquire também a inimputabilidade intelectual. Não sei se diria isso nos tempos de CEBRAP. E, sinceramente, não enxergo esse susto dado aos donos do poder. Que se houve não durou uma semana. Um mês, no máximo. Abraços fraternos. José de Alencar Em 10 de novembro de 2013 10:49, Magda escreveu: Eu amo o Chico, mas o artigo dele e uma metralhadora no coração da fantasia e na alma de qualquer esperança. Não gostei. Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 09:59, Luciana Cury Calia escreveu: Muito esclarecedor e lúcido o artigo do Chico de Oliveira. A paciência da população só é mais elástica porque muitos sequer entendem o que ocorre, que poderíamos ter um pais com segurança, saúde, educação, transporte, rodovias, e tudo mais, pela imensa carga tributária que temos. Chamar a Constituição de "jovem" já passou do limite da tolerância. E, para alguns sequer podemos falar dos políticos como um coletivo de "culpados" por isso. Se elesda não são os responsáveis, a quem atribuir a falta de avanços? Há bons políticos?! Então apresentem sua indignação e mais que isso, suas propostas. Depois de 25 anos temos um tratado com pouquíssima eficácia. Nada a comemorar ! Caminhamos para a Desobediência Civil e com fortes motivos. Indico para reflexão as obras: Desobediência Civil - Henry Thoreau e as Crises da República - Hannah Arendt. Não há vândalos. Há FÚRIA. (Hannah Arendt). E com razão. Luciana De: Luiz Salvador < luizsalv@terra.com.br > Enviada: Sábado, 9 de Novembro de 2013 13:45 Para: evdefesadasaude@solar.com.br Assunto: [jutra.org:12742] MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} ESTÁ NO FACEBOOK Link: https://www.facebook.com/luiz.salvador.526 Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Foto: Francisco de Oliveira AO COMPLETAR 80 ANOS, SOCIÓLOGO FAZ BALANÇO POSITIVO DA ONDA DE PROTESTOS NO PAÍS E CRITICA O 'VIOLENTO' MODELO BRASILEIRO DE CRESCIMENTO RICARDO MENDONÇA DE SÃO PAULO Socialista inveterado, acadêmico prestigiado, parceiro rompido de Fernando Henrique Cardoso e Lula, o sociólogo Francisco de Oliveira completou 80 anos na última quinta sem qualquer sinal de afrouxamento da energia crítica. Em entrevista em seu apartamento, em São Paulo, falou com entusiasmo dos protestos de rua ("a sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar") e criticou as principais figuras da cena política. A presidente Dilma Rousseff é uma "personagem trágica" que deu uma "resposta idiota" às manifestações de junho. Lula "está fazendo um trabalho sujo". Marina Silva é uma "freira trotskista". O Bolsa Família, "uma declaração de fracasso". E por aí vai. Oliveira não teme expor suas posições ousadas. Uma delas é separar o Brasil para resolver a questão indígena: "Há um Estado indígena. Ninguém tem coragem de dizer". - Folha - Oitenta anos. Que tal? Chico de Oliveira - Oscar Niemeyer disse que a velhice é uma merda. Não sou tão radical. Mas não tem essas bondades que se diz. A história de que se ganha em sabedoria é uma farsa. Não é bom envelhecer. As pessoas sábias deveriam morrer cedo [risos]. Antigamente era assim. Longevidade é uma novidade, né? É recente mesmo. Não é façanha sua. É a economia que te leva até os 80. As condições de vida mudam, você não precisa de trabalho pesado. Quem condiciona tudo é o trabalho. E gente da minha classe social está apta a aproveitar essas benesses do desenvolvimento capitalista. Mas não é agradável. E não há solução. Você vai se matar para poder não cumprir os desígnios de sua classe social? O senhor se surpreende aos 80. Em junho, falou do ineditismo dos protestos. Qual é o saldo? Deu uma coisa ótima: a sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar, ir para a rua. Não precisa resultado palpável. Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo. Eu falava inédito porque a sociedade brasileira é muito pacata. A violência é só pessoal, privada, o que é um horror. Quando vai para a violência pública, as coisas melhoram. Isso que interessa: um estado de ânimo da população que assuste os donos do poder. Assustou mesmo? Assustou. Foi mesmo inédito. Isso é bom para a sociedade. Não é bom para os donos do poder. Mas são eles que a gente deve assustar. Se puder, mais que assustar, derrubá-los do poder. Não acho que as manifestações tenham esse caráter. Mas regozijo-me porque foi manifestado o não conformismo. Aí a presidente Dilma lançou a ideia de Constituinte para a reforma política. O que achou? Eu achei idiota. Não gostaria de fazer uma avaliação precipitada do governo Dilma para não dar força à direita, que está em cima dela. Mas é uma resposta idiota. Ninguém resolve problema assim na Constituição. O que teria sido adequado? Reconhecer que o país está atravessando uma zona de extrema turbulência devido ao crescimento econÃ?mico. É o crescimento que cria a turbulência, não o contrário. Todos pensam que crescimento apazigua. Não é verdade. Ele exalta forças que não existiam. O capitalismo é um sistema violentíssimo. Os EUA, o paradigma, são uma sociedade extremamente violenta. O Brasil vive adormecido. De repente, o tipo de crescimento violento e tenso em pouco tempo quebra as amarras, e a violência vai para rua. Mas Dilma é criticada pelo baixo crescimento. Não é verdade. O país cresce de forma violentíssima nos últimos 20 anos. E é um crescimento diferenciado. Não dá mais para ser no campo. Agora é na cidade, com relações público-privadas diferentes. Se o Estado não tem políticas para tal, é melhor ficar calado do que dizer besteira. E o que achou do papel dos governadores? Esse [Geraldo] Alckmin é uma coisa... É bem o representante dessa política. Um ser anódino. Já o chamaram picolé de chuchu. Ele de fato não desperta paixões nem ódio. Em geral é assim. Não tem nenhum governador que inspire empolgação. Tudo conformado. E a imprensa tem um papel horroroso: o que for conformismo, exalta; o que for rebeldia, condena. Que avaliação o senhor faz do movimento "black bloc"? Boa avaliação. Se eles se constituem como novos sujeitos da ação social, é para saudar. Vamos ver se, com eles, a gente chacoalha essa sociedade conformista. Parece que tudo no Brasil vai bem. Não é verdade. Vai tudo mal. O Estado não age no sentido de antecipar-se à sociedade que está mudando rapidamente. E aí vem o Lula fazendo um trabalho sujo, aquietar aquilo que é revolta. Trabalho sujo? Ah, tá. A questão operária tem a capacidade de transformar o Brasil e ele está acomodando, matando a rebeldia que é intrínseca ao movimento. Rebeldia não quer dizer violência, sair para quebrar. É um comportamento crítico. Onde o senhor vê isso no Lula? Em tudo. Lula é um conservador, nunca quis ser personagem do movimento [operário]. Na Presidência, atuou como conservador. PÃ?s Dilma como uma expressão conservadora. Você não vende uma personalidade pública como gerente. Gerente é o antípoda da rebeldia. Ele a vendeu como a gerentona que sabe administrar. É péssimo. O Brasil precisa de políticos com capacidade de expressar essa transformação e dar um passo a frente. Não se pode nem ter uma avaliação mais séria dela, pois ele não deixa ela governar. Atrapalha, se mete, inventa que é o interlocutor. Ela não pode nem reclamar. É uma cria dele, né? O sociólogo Boaventura Santos disse que Dilma tem insensibilidade social. Citou problemas com movimentos sociais, indígenas, camponeses, meio ambiente. Concorda? Não diria com essa ênfase. É um equívoco analisar o capitalista brasileiro nos moldes europeus. Aqui nunca teve campesinato, pois teve uma propriedade extremamente concentrada do escravismo. Isso se projetou depois numa economia capitalista. O que tem é uma questão urbana grave, que é preciso resolver. Mas problema indígena tem. É um problema. Porque a sociedade só sabe tratar indígena absorvendo e descaracterizando. Para tratar dessa questão é preciso, na verdade, de uma revolução de alto nível. Qual é? É reconhecer que há um Estado indígena. Estado indígena? É. A real solução. Há um Estado indígena. O Estado capitalista no Brasil não sabe tratar essa questão. Só sabe tratar indígena atropelando, matando, trazendo para a chamada civilização. A real solução é de uma gravidade que a gente nem pode propor. Um Estado indígena. Separa. Ninguém tem coragem de dizer isso. Então todo mundo quer integrar. Para integrar, você machuca, mata, dissolve as formações indígenas. E meio ambiente,sensibiliza? Não acredito que seja uma forma de fazer política. A Marina Silva está aí. Ela não tem nada a dizer sobre o capitalismo? Será? Será que a política ambiental é ruim? Ou é o capitalismo que é ruim? Ela não diz. Então, para mim a Marina é uma freira trotskista [risos]. Cheia de revolução sem botar o pé no chão. Ela juntou com o Eduardo Campos, uma jogada política importante. Mas eles não têm proposta nenhuma. A Marina fica com esse ambientalismo démodé. Criticar a política de meio ambiente é fácil. Quero ver criticar o sistema capitalista nas formas em que ele está se reproduzindo no Brasil. Aí si m é botar o dedo na ferida. O senhor disse que a política da Dilma é conservadora. Diria que ela é de direita? Não diria. Ela é um personagem difícil, coitada. Uma personagem trágica. Porque ela não pode fazer o que ela se proporia a fazer. Ela tem uma história revolucionária. Mas não pode fazer isso porque está lá porque Lula a colocou. E Lula é o contrário, um antirrevolucionário. Ele não quer soluções de transformação, quer apaziguamento. Talvez, se as opções estivessem em suas mãos, Dilma faria uma política mais de esquerda. Mas ela não foi eleita para isso. Nem tem força social capaz de impor essa mudança. O senhor vê alguma virtude? O pouco de virtude é, talvez, dar um pouco mais de atenção à área social. Que eu não gosto, porque é um conformar-se em não resolver. O Bolsa Família é uma declaração de fracasso. Para não morrer de fome, dá uma comidinha. Sou socialista há 50 anos. Para mim, a gente tem de mudar. E não necessariamente por revolução violenta, que está fora de moda. Bolsa Família é política conservadora. Atende uma dimensão da miséria, mas sem promessa de transformação. Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/138149-assustaram-os-donos-do-poder-e-isso-foi-otimo.shtml Em Dom 10/11/13 23:02, Sandro Sarda sandrosarda@hotmail.com escreveu: Estimados, Excelente entrevista. Fazia tempo que não lia uma análise tão lúcida. Finalmente alguém da esquerda que não perdeu o poder de crítica. Ao que tudo indica boa parte da esquerda que, inclusive acreditou no PT como projeto de transformação social, receia em adotar um discurso mais duro com temor em alimentar o avanço da direita brasileira marcada por sua visão elitista e escravagista. Me parece uma posição até natural, mas que deve ser repensada. Acho que a crítica é necessária. Pena que são tão poucas vozes na esquerda. Aliás, demorou 10 anos para alguém de peso dar visibilidade ao estelionato eleitoral que vem se configurando o governo do PT, inclusive nos Estados como é o caso do Governo do Tarso no RS que tem um dos mais baixos pisos salariais da educação em todo o Brasil. É absolutamente preocupante o silêncio da esquerda em criticar o PT e seu governo. A par da retirada de 40 milhões da pobreza e da miséria, o governo não implementou de forma adequada políticas de saúde, de educação, de reforma agrária (aliás neste ponto o governo Dilma é uma tragédia, pior do que o FHC), de proteção ambiental, de redução de jornada, avanços na previdência social, dentre outros. A tragédia é tamanha que agora estamos a combater um projeto de terceirização ridículo e precarizante em um suposto governo dos trabalhadores. Acho que o Francisco de Oliveira foi até light em sua análise. O pior de tudo é que estamos em opção. Temos a gerentona (Dilma venda casada PT-PMDB), a direita (Aécio) ou a direita disfarçada (Marina e Campos). Penso, sinceramente, que o processo de renovação da esperança e da dimensão utópica vai exigir, antes de qualquer coisa, uma crítica séria e profunda em relação ao PT, ao governo do PT e aos movimentos sindicais brasileiros. Forte abraço a todos Sandro CC: jutra@googlegroups.com From: magdabia@terra.com.br Subject: Re: [jutra.org:12759] Re: MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Date: Sun, 10 Nov 2013 21:55:33 -0200 To: jutra@googlegroups.com Não estamos discutindo a ideia mas a capacidade de termos esperança!!!! Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 20:54, Ellen Mara Ferraz Hazan escreveu: Meus queridos amigos. O Chico e o Luiz Carlos Moro estão com a razão necessária Para nos fazer pensar e agir. pensem, discutam e não tirem a razão de qualquer pessoa em face da idade. Lembrem que a idade nos da sabedoria. Enviado via iPad Em 10/11/2013, às 16:52, Luís Carlos Moro (pessoal) escreveu: Amigos: Encantado com a vida, não abandono a perspectiva de que a luta que a caracteriza. A luta por direitos, a luta pelo direito (não pela direita). Manifestações de ruas, negociações de salões, pão, pães, tudo compõe o estado da nossa organização social. O importante é a compreensão do momento para apreensão do correto intento e organização desse movimento. Cada avanço é uma vitória. Cada passo, um avanço. Cada desejo um passo. Quero ir do desejo à vitória, com a determinação de quem a razão assiste. Agradeço as análises, mas prefiro as ações. Por isso é imprescindível que tenhamos um foco. O de hoje parece ser o não à terceirização que se pretende no Brasil. Vamos dizer não ao PL 4330/2004! Abraços a todos, Luís Carlos Moro. De: Marcelo Chalreo - Sala 701 chalreo@nextcon.com < chalreo@nextcon.com > Enviada: Domingo, 10 de Novembro de 2013 17:06 Para: jutra@googlegroups.com Assunto: Re: [jutra.org:12754] Re: MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Magda e demais, tiros giratórios ou não, o fato é que linhas gerais com acerto o Chico Oliveira. Gostaria que assim não o fosse, mas o é. Em 10/11/2013 16:37, "Magda" escreveu: Grande Lídia. Os comentários que estamos fazendo dizem respeito a um artigo do Chico de Oliveira, na Folha de hoje, que não deixa sobrar para ninguém!!! Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 14:22, Lidia Guevara escreveu: Compañeros todos, disculpen que entre en este tema tan desagradable, pero querida Magda, si quieren llevarnos a la idea de que no hay solución o que lo mejor es salir a las calles y armar una revolución social, esa no es la vía ahora. Digan lo que digan, los que lejos están y quieren que resolvamos los problemas en América Latina al estilo europeo, hay que decirles sencillamente, que América Latina ahora tiene mejores condiciones para el cambio que ellos, que dejen aunque sea tranquilos a nuestros dirigentes, que no he visto esa misma posición de crítica "con ráfagas de ametralladoras" para los que están acabando con este mundo y lo inundan de miseria y dolor. Incluso, se había tomado la decisión de traer médicos como solución cierta y no temporal a la situación de salud del país y qué pasó con el Colegio Médico: No, no queremos médicos cubanos como si fuesen descalificados y desconocedores de su profesión. Queremos que la población siga necesitando el servicio médico privado y no público. Siempre he dicho algo que me enseñaron mis padres y abuelos: El sol tiene manchas, pero alumbra y da calor, nos ayuda a vivir, entonces ayudemos al sol a que las manchas vayan desapareciendo, pero poco a poco, no se puede cambiar en un día. Ni tampoco queremos esperar tanto que no haya solución alguna. Si hay que salir a las calles, Bienvenida sea la lucha callejera. Pero si hay espacio a la negociación, ayudemos a la Presidenta, que no lo ha hecho tan mal en su mandato. 2013/11/10 Magda Correto. Estou tranquila. Mas me entristece o jogar de toalha do compadre do meu companheiro. Aliás, o Ornitorrinco foi gestado na banca de doutorado do Caico da qual o amado Chico fazia parte. Mas enfim entre, por um lado, construir a cabana para enfrentar o planeta Melancolia que ameaça destruir a terra ou, por outro, fazer coro aos que a querem ver destruída, metaforicamente, a lá Lars Von Trier, fico com a ação da bela noiva agora liberada do casamento que a aprisionaria. Enfim, "pão ou pães , questão de opiniaes" dizia o grande intérprete do Brasil. Grandes abraços, críticos porém nãos devastadores a ponto de se conestar com a invasão do Melancolia! Não quero voltar para casa abatida desencantada da vida!!!! Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 11:40, JOSÉ DE ALENCAR escreveu: Caríssima Magda. Fique tranquila. O Chico está na idade em que ele pode ser essa metralhadora giratória sem riscos. Para ele, pelo menos, cuja reputação está acima do que agora diz. Nessa idade, com todo o respeito, ele adquire também a inimputabilidade intelectual. Não sei se diria isso nos tempos de CEBRAP. E, sinceramente, não enxergo esse susto dado aos donos do poder. Que se houve não durou uma semana. Um mês, no máximo. Abraços fraternos. José de Alencar Em 10 de novembro de 2013 10:49, Magda escreveu: Eu amo o Chico, mas o artigo dele e uma metralhadora no coração da fantasia e na alma de qualquer esperança. Não gostei. Enviado via iPhone Em 10/11/2013, às 09:59, Luciana Cury Calia escreveu: Muito esclarecedor e lúcido o artigo do Chico de Oliveira. A paciência da população só é mais elástica porque muitos sequer entendem o que ocorre, que poderíamos ter um pais com segurança, saúde, educação, transporte, rodovias, e tudo mais, pela imensa carga tributária que temos. Chamar a Constituição de "jovem" já passou do limite da tolerância. E, para alguns sequer podemos falar dos políticos como um coletivo de "culpados" por isso. Se elesda não são os responsáveis, a quem atribuir a falta de avanços? Há bons políticos?! Então apresentem sua indignação e mais que isso, suas propostas. Depois de 25 anos temos um tratado com pouquíssima eficácia. Nada a comemorar ! Caminhamos para a Desobediência Civil e com fortes motivos. Indico para reflexão as obras: Desobediência Civil - Henry Thoreau e as Crises da República - Hannah Arendt. Não há vândalos. Há FÚRIA. (Hannah Arendt). E com razão. Luciana De: Luiz Salvador < luizsalv@terra.com.br > Enviada: Sábado, 9 de Novembro de 2013 13:45 Para: evdefesadasaude@solar.com.br Assunto: [jutra.org:12742] MANIFESTAÇÕES POPULARES DE RUA: Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} ESTÁ NO FACEBOOK Link: https://www.facebook.com/luiz.salvador.526 Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo Foto: Francisco de Oliveira AO COMPLETAR 80 ANOS, SOCIÓLOGO FAZ BALANÇO POSITIVO DA ONDA DE PROTESTOS NO PAÍS E CRITICA O 'VIOLENTO' MODELO BRASILEIRO DE CRESCIMENTO RICARDO MENDONÇA DE SÃO PAULO Socialista inveterado, acadêmico prestigiado, parceiro rompido de Fernando Henrique Cardoso e Lula, o sociólogo Francisco de Oliveira completou 80 anos na última quinta sem qualquer sinal de afrouxamento da energia crítica. Em entrevista em seu apartamento, em São Paulo, falou com entusiasmo dos protestos de rua ("a sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar") e criticou as principais figuras da cena política. A presidente Dilma Rousseff é uma "personagem trágica" que deu uma "resposta idiota" às manifestações de junho. Lula "está fazendo um trabalho sujo". Marina Silva é uma "freira trotskista". O Bolsa Família, "uma declaração de fracasso". E por aí vai. Oliveira não teme expor suas posições ousadas. Uma delas é separar o Brasil para resolver a questão indígena: "Há um Estado indígena. Ninguém tem coragem de dizer". Folha - Oitenta anos. Que tal? Chico de Oliveira - Oscar Niemeyer disse que a velhice é uma merda. Não sou tão radical. Mas não tem essas bondades que se diz. A história de que se ganha em sabedoria é uma farsa. Não é bom envelhecer. As pessoas sábias deveriam morrer cedo [risos]. Antigamente era assim. Longevidade é uma novidade, né? É recente mesmo. Não é façanha sua. É a economia que te leva até os 80. As condições de vida mudam, você não precisa de trabalho pesado. Quem condiciona tudo é o trabalho. E gente da minha classe social está apta a aproveitar essas benesses do desenvolvimento capitalista. Mas não é agradável. E não há solução. Você vai se matar para poder não cumprir os desígnios de sua classe social? O senhor se surpreende aos 80. Em junho, falou do ineditismo dos protestos. Qual é o saldo? Deu uma coisa ótima: a sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar, ir para a rua. Não precisa resultado palpável. Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo. Eu falava inédito porque a sociedade brasileira é muito pacata. A violência é só pessoal, privada, o que é um horror. Quando vai para a violência pública, as coisas melhoram. Isso que interessa: um estado de ânimo da população que assuste os donos do poder. Assustou mesmo? Assustou. Foi mesmo inédito. Isso é bom para a sociedade. Não é bom para os donos do poder. Mas são eles que a gente deve assustar. Se puder, mais que assustar, derrubá-los do poder. Não acho que as manifestações tenham esse caráter. Mas regozijo-me porque foi manifestado o não conformismo. Aí a presidente Dilma lançou a ideia de Constituinte para a reforma política. O que achou? Eu achei idiota. Não gostaria de fazer uma avaliação precipitada do governo Dilma para não dar força à direita, que está em cima dela. Mas é uma resposta idiota. Ninguém resolve problema assim na Constituição. O que teria sido adequado? Reconhecer que o país está atravessando uma zona de extrema turbulência devido ao crescimento econÃ?mico. É o crescimento que cria a turbulência, não o contrário. Todos pensam que crescimento apazigua. Não é verdade. Ele exalta forças que não existiam. O capitalismo é um sistema violentíssimo. Os EUA, o paradigma, são uma sociedade extremamente violenta. O Brasil vive adormecido. De repente, o tipo de crescimento violento e tenso em pouco tempo quebra as amarras, e a violência vai para rua. Mas Dilma é criticada pelo baixo crescimento. Não é verdade. O país cresce de forma violentíssima nos últimos 20 anos. E é um crescimento diferenciado. Não dá mais para ser no campo. Agora é na cidade, com relações público-privadas diferentes. Se o Estado não tem políticas para tal, é melhor ficar calado do que dizer besteira. E o que achou do papel dos governadores? Esse [Geraldo] Alckmin é uma coisa... É bem o representante dessa política. Um ser anódino. Já o chamaram picolé de chuchu. Ele de fato não desperta paixões nem ódio. Em geral é assim. Não tem nenhum governador que inspire empolgação. Tudo conformado. E a imprensa tem um papel horroroso: o que for conformismo, exalta; o que for rebeldia, condena. Que avaliação o senhor faz do movimento "black bloc"? Boa avaliação. Se eles se constituem como novos sujeitos da ação social, é para saudar. Vamos ver se, com eles, a gente chacoalha essa sociedade conformista. Parece que tudo no Brasil vai bem. Não é verdade. Vai tudo mal. O Estado não age no sentido de antecipar-se à sociedade que está mudando rapidamente. E aí vem o Lula fazendo um trabalho sujo, aquietar aquilo que é revolta. Trabalho sujo? Ah, tá. A questão operária tem a capacidade de transformar o Brasil e ele está acomodando, matando a rebeldia que é intrínseca ao movimento. Rebeldia não quer dizer violência, sair para quebrar. É um comportamento crítico. Onde o senhor vê isso no Lula? Em tudo. Lula é um conservador, nunca quis ser personagem do movimento [operário]. Na Presidência, atuou como conservador. PÃ?s Dilma como uma expressão conservadora. Você não vende uma personalidade pública como gerente. Gerente é o antípoda da rebeldia. Ele a vendeu como a gerentona que sabe administrar. É péssimo. O Brasil precisa de políticos com capacidade de expressar essa transformação e dar um passo a frente. Não se pode nem ter uma avaliação mais séria dela, pois ele não deixa ela governar. Atrapalha, se mete, inventa que é o interlocutor. Ela não pode nem reclamar. É uma cria dele, né? O sociólogo Boaventura Santos disse que Dilma tem insensibilidade social. Citou problemas com movimentos sociais, indígenas, camponeses, meio ambiente. Concorda? Não diria com essa ênfase. É um equívoco analisar o capitalista brasileiro nos moldes europeus. Aqui nunca teve campesinato, pois teve uma propriedade extremamente concentrada do escravismo. Isso se projetou depois numa economia capitalista. O que tem é uma questão urbana grave, que é preciso resolver. Mas problema indígena tem. É um problema. Porque a sociedade só sabe tratar indígena absorvendo e descaracterizando. Para tratar dessa questão é preciso, na verdade, de uma revolução de alto nível. Qual é? É reconhecer que há um Estado indígena. Estado indígena? É. A real solução. Há um Estado indígena. O Estado capitalista no Brasil não sabe tratar essa questão. Só sabe tratar indígena atropelando, matando, trazendo para a chamada civilização. A real solução é de uma gravidade que a gente nem pode propor. Um Estado indígena. Separa. Ninguém tem coragem de dizer isso. Então todo mundo quer integrar. Para integrar, você machuca, mata, dissolve as formações indígenas. E meio ambiente,sensibiliza? Não acredito que seja uma forma de fazer política. A Marina Silva está aí. Ela não tem nada a dizer sobre o capitalismo? Será? Será que a política ambiental é ruim? Ou é o capitalismo que é ruim? Ela não diz. Então, para mim a Marina é uma freira trotskista [risos]. Cheia de revolução sem botar o pé no chão. Ela juntou com o Eduardo Campos, uma jogada política importante. Mas eles não têm proposta nenhuma. A Marina fica com esse ambientalismo démodé. Criticar a política de meio ambiente é fácil. Quero ver criticar o sistema capitalista nas formas em que ele está se reproduzindo no Brasil. Aí si m é botar o dedo na ferida. O senhor disse que a política da Dilma é conservadora. Diria que ela é de direita? Não diria. Ela é um personagem difícil, coitada. Uma personagem trágica. Porque ela não pode fazer o que ela se proporia a fazer. Ela tem uma história revolucionária. Mas não pode fazer isso porque está lá porque Lula a colocou. E Lula é o contrário, um antirrevolucionário. Ele não quer soluções de transformação, quer apaziguamento. Talvez, se as opções estivessem em suas mãos, Dilma faria uma política mais de esquerda. Mas ela não foi eleita para isso. Nem tem força social capaz de impor essa mudança. O senhor vê alguma virtude? O pouco de virtude é, talvez, dar um pouco mais de atenção à área social. Que eu não gosto, porque é um conformar-se em não resolver. O Bolsa Família é uma declaração de fracasso. Para não morrer de fome, dá uma comidinha. Sou socialista há 50 anos. Para mim, a gente tem de mudar. E não necessariamente por revolução violenta, que está fora de moda. Bolsa Família é política conservadora. Atende uma dimensão da miséria, mas sem promessa de transformação. Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/138149-assustaram-os-donos-do-poder-e-isso-foi-otimo.shtml

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