ACORDO COLETIVO ALUNORTE: OPOSIÇÃO SINDICAL

OPOSICÃO SINDICAL "vALORIZAÇÃO E LUTA"

 

 

A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores

          Uma lição de cidadania o resultado da assembleia Geral ocorrida na Hydro Alunorte no ultimo dia 04, que com 60% dos votos a proposta da empresa para o fechamento do acordo coletivo foi rejeitada pelos trabalhadores e trabalhadoras, mesmo com toda a coação e o assédio moral, promovida pelos gerentes gerais, não se curvaram a pressão e votaram contra a proposta.

        Com este recado os trabalhadores esperam que a direção da empresa deixe a arrogância de lado e apresente uma nova proposta que venha de encontro aos seus anseios. Uma proposta que garanta um salário, digno que possa proporcionar além de comida na mesa, lazer, educação e cultura para os trabalhadores (as) e suas famílias.

       Muitos companheiros e companheiras enfrentaram os gerentes durante as reuniões ou “lavagem cerebral”, como é tratado entre os trabalhadores, e que as ações da direção do Sindicato de agora em diante, possa honrar a coragem demonstrada por sua categoria.

      A Oposição Sindical agradece e parabeniza todos os trabalhadores e trabalhadoras por sua coragem.        

                                                         OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS

         

O que levou a direção da empresa a rasgar seu código de conduta, e coagir seus funcionários para aprovar sua proposta? No seu código de conduta a empresa se posiciona contra o “jeitinho Brasileiro”. Mais ao colocar os trabalhadores em salas e usar seus gerentes para tentar através da coação aprovar suas propostas, também se configura um jeitinho? Se a Hydro Alunorte apresentasse uma boa proposta não seria preciso pressão nenhuma porque ela seria aprovada naturalmente.

       Temos um problema sério de gestão na empresa, e não foram os trabalhadores (as) que o construíram. De 2005 a 2010 a empresa teve Lucro líquido. A partir de 2011 houve mudança na estrutura da empresa e coincidência ou não a empresa passou a dar resultados negativos.

       Esta mudança foi defendida pelo diretor da empresa com unhas e dentes, e como um dogma não admitia contestação. Quem ousou contestar foi demitido.

      Quem não se lembra do Companheiro Souza que por sua dedicação e profissionalismo foi escolhido para falar em nome dos trabalhadores da empresa durante a visita do Presidente Lula para inaugurar a expansão da Alunorte. Tudo isso caiu por terra quando Souza, durante uma apresentação das mudanças, disse que elas não dariam certo. O diretor na época demitiu sumariamente o trabalhador que era padrão na empresa. Hoje a empresa aos poucos volta à estrutura organizacional que existia antes de 2011. Quem tinha razão?