Quase 8 milhões de jovens latino-americanos estão desempregados
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O
desemprego atinge 7,8 milhões dos jovens latino-americanos com idade
entre 15 a 24 anos, assegura a Organização Internacional do Trabalho
(OIT). O relatório "Trabalho decente e juventude na América Latina:
Políticas para ação”, apresentado na quinta-feira (13) pela OIT, divulga
dados sobre a problemática do desemprego, da informalidade e a falta de
oportunidades enfrentadas pelos jovens da América latina e Caribe.
O relatório foi coordenado por Guillermo Dema, especialista regional na América Latina e Caribe e contém 297 páginas que mostram que mesmo com o crescimento econômico da América Latina as taxa de desemprego permanecem altas e os dados são insatisfatórios para o desenvolvimento da inserção laborativa e educativa do jovem na sociedade.
Dados
que compõem o relatório referem-se a 2011 e mostram que 55,6% dos
jovens trabalham na informalidade, de cada 10 jovens que trabalham, seis
estão condições de ilegalidade laboral e 21,8 milhões de jovens não
estudam e muito menos trabalham. O relatório conclui que os jovens
latino-americanos vivem entre os problemas da informalidade e do
desemprego. O diretor geral da OIT, Guy Rider, afirma que "a falta de
acesso às oportunidades de trabalho decente gera frustração e desalento
entre os jovens”."La falta de acceso a oportunidades de trabajo decente
genera frustración y desaliento entre los jóvenes.”
A
OIT afirma que a educação é um direito fundamental e fator decisivo
para o desenvolvimento dos países. De acordo com os gráficos
apresentados no documento, a América Latina e Caribe registraram na
década de 90 avanços significativos no acesso à educação primária, porém
as taxas de acesso à educação secundária ainda continuam baixas.
O
relatório informa que 50 milhões de jovens na America latina e Caribe
apresentam indicadores preocupantes com o mercado de trabalho e chamam
atenção para o desenvolvimento urgente de políticas diferenciadas como
programas de capacitação laboral, proteção social, legalização do
trabalho decente juvenil e programas de inserção educativa. A OIT
recomenda que políticas de emprego juvenil sejam desenvolvidas para
facilitar a transição da escola-trabalho para aumentar a inserção do
jovem no mercado de trabalho.
O
relatório conclui que é necessário priorizar o acesso à educação,
desenvolver um ambiente propício para o ambiente empresarial, gerar
empregos decentes, promovero fortalecimento do diálogo social, combater a
informalidade do trabalho juvenil e gerar políticas sócio educativas
que valorizem os jovens.
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