quinta-feira, 24 de outubro de 2013

PLANO DE SAÚDE.

Jornal do Terra
Planos de saúde terão de cobrir mais 37 remédios contra o câncer
·         Gustavo Gantois
Gustavo GantoisDireto de Brasília
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O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciaram nesta segunda-feira que os planos de saúde passarão a cobrir mais 37 medicamentos orais para o tratamento contra o câncer de mama, estômago, fígado, intestino, rim, testículo, útero e ovário a partir de 2 de janeiro do ano que vem. De acordo com o governo, a principal vantagem da garantia dos remédios via oral é que parte dos pacientes poderão ser tratados em casa.
Em maio, o Ministério da Saúde anunciou consulta pública sobre esses novos procedimentos - e desde então a inclusão das drogas orais na cobertura dos planos estava prevista.
Para o presidente da ANS, André Longo, a medida não resultará em aumento para os clientes dos planos em 2014. Isso porque o impacto dos novos procedimentos só será calculado em 2015. Longo disse ainda que os custos tendem a diminuir com menos internações e que é possível sequer haver repasse ao usuários de planos de saúde.
"A medicação oral oferece maior conforto ao paciente e reduz a necessidade de tratamento em clínicas e hospitais", acrescentou o presidente da agência.
A forma da distribuição do medicamento será estabelecida pelos planos de saúde. "Elas poderão ser feitas por distribuição direta, definição de convênios ou criação de mecanismos de reembolso", informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com a proposta, o plano não poderá fixar um teto para o uso do remédio. A quantidade ficará a critério do médico.
Outras medidas anunciadas incluem novas indicações para o exame PET Scan (modalidade de monitoramento dos tumores), de três para oito indicações, e aumento do número de consultas com profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas. Também será ampliado de seis para 12 consultas com nutricionista para casos de sobrepeso e obesidade.
Além dos remédios para o câncer, outros 50 novos procedimentos relacionados ao tratamento de outras doenças devem entrar para a lista de cobertura obrigatória. Na nova cobertura estão incluídos, por exemplo, 28 cirurgias por videolaparoscopia, radiofrequência para tratar dores crônicas nas costas, o uso de medicina nuclear para tratar tumores neuroendócrinos, uma nova técnica de radioterapia para tumores de cabeça e pescoço e o implante de esfíncter artificial para conter incontinências urinárias de homens que tiveram de retirar a próstata.
A cada dois anos, o órgão revisa a lista mínima de procedimentos cobertos pelas operadoras. A expectativa é que a medida beneficie 42,5 milhões de consumidores com planos de saúde de assistência médica e outros 18,7 milhões de consumidores com planos exclusivamente odontológicos. 
A obrigatoriedade da adição dessas novas ações no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, sob responsabilidade da ANS, vai ser publicada no “Diário Oficial da União” de amanhã.

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