“Qualquer avanço dos manifestantes a policia ataca com bombas, bala de borracha, gás lacrimogêneo”, diz dirigente da FNP Claiton Coffy
21/10/2013
A
Avenida Lúcio Costa se transformou em uma praça de guerra. De um lado a
Força Nacional de outro lado os manifestantes. Com muitas bombas, balas
de borracha, gás de pimenta a Força Nacional dispersou ao menos 700
manifestantes participavam do ato contra o leilão de Libra. “O governo
Dilma criou uma zona de exclusão militar, de sítio. Isolou várias ruas
no entorno do hotel, uma repressão muito forte. Qualquer avanço dos
manifestantes a policia ataca com bombas, bala de borracha, gás
lacrimogêneo”, conta o dirigente da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP), Claiton Coffy. Há registros de ao menos seis pessoas feridas,
entre elas, dois petroleiros.
Neste momento o ato se concentra na Praça São Perpétuo que é o ponto de onde os manifestantes conseguiram chegar.
Veja vídeo do momento da repressão veiculado na grande imprensa: http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/manifestantes-protestam-contra-leilao-de-libra-em-frente-a-hotel-da-barra-da-tijuca-rj/2901997/
O leilão ocorre às 14h, no Hotel Windsor Barra, na Av. Lúcio Costa, 2630, na praia da Barra da Tijuca.
Mesmo como o forte aparato policial e do exército e com a repressão a manifestação continua. “Caravanas de diversas regiões do país começam a chegar e se somam à manifestação. Os petroleiros que realizam uma greve nacional cuja principal reivindicação é barrar o leilão de libra participam em peso”, destaca Claiton Coffy.
A presidenta Dilma Rousseff, com o objetivo de reprimir as manifestações contrárias ao leilão do campo de Libra, convocou as forças armadas. “Parece que estamos num regime de exceção. A liberdade de manifestação está sendo cerceada. É triste ver o governo colocando as forças armadas contra seu povo. Mas nada disso vai impedir que ocupemos as ruas para protestar, denunciar e tentar barrar esse criminoso leilão do pré-sal. É o futuro do Brasil que está em jogo”, afirma ao site do Sindpetro/RJ Emanuel Cancella, diretor do Sindicato, da FNP e coordenador da campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso.
Mesmo com repressão, greve dos petroleiros é forte e impulsiona luta contra o leilão de libra – A greve nacional dos petroleiros se fortalece em todo o Brasil, num momento em que a categoria se enfrenta com os ataques da imprensa (Arnaldo Jabour é o exemplo mais execrável disso) e do governo Dilma, que não hesitará em lançar mão da violência e da repressão contra os movimentos sociais para garantir a maior privatização da história do país.
O envio de mais de mil homens da Força Nacional, Exército e outras instituições repressivas do Estado para o hotel luxuoso no Rio onde será realizado o leilão também é uma amostra de que, por um lado, o governo está acuado com as mobilizações que varrem o país desde junho; e que, de outro, tentará a todo custo entregar uma riqueza inalienável ao estrangeiro.
Na Petrobrás, não é diferente. Diante de uma mobilização que já se demonstra histórica em seus primeiros dias, inclusive com parada de produção em algumas unidades, a companhia já iniciou uma disputa ideológica com os sindicatos ao enviar para a força de trabalho comunicados em que se diz disposta a dialogar com as entidades. A categoria está em luta e se enfrenta com a agenda neoliberal dos governos de plantão e a política salarial rebaixada da companhia.
Link:
http://cspconlutas.org.br/2013/10/manifestantes-contra-o-leilao-de-libra-se-concentram-a-poucos-metros-da-barreira-feita-pela-forca-nacional/#sthash.2wvJmtj3.dpuf
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