Operário morre ao cair de construção
DESCASO: Vítima não usava equipamento individual de segurança
Paulo caiu sobre a corda que o sustentava quando instalava telas de proteção
O operário Paulo Afonso de Brito Carvalho, de 43 anos, morreu ontem ao cair de um edifício em construção localizado na travessa Mauriti, entre a Avenida Antônio Everdosa e Rua Nova. Ele não usava equipamento de segurança. O acidente ocorreu por volta das 14 horas. Os outros operários que trabalhavam no local foram dispensados antes da chegada da polícia e dos diretores do Sindicato dos Operários da Construção Civil, mas, antes, afirmaram à uma equipe da TV Liberal que a vítima havia caído do 5º andar. A Colares Construtora e Incorporadora, responsável pela obra, afirma que Paulo Afonso caiu do 3º andar. Ele morreu no local.
A empresa informou que a vítima colocava telas de proteção no vão do 3º andar para atender às exigências das normas de segurança. Disse também que Paulo Afonso assinou, após o almoço, a cautela para a retirada do equipamento “cinto paraquedista e talabaste”, mas o equipamento de proteção individual não estava sendo usado quando ocorreu o acidente. “O colaborador não se atrelou ao cabo de segurança colocando em risco sua vida ao subir em uma escada desatrelado”, diz a nota divulgada pela empresa.
Os sindicalistas que foram até o local relataram à reportagem que foram informados do acidente por uma vizinha e que tiveram que pular o muro para confirmar se havia um cadáver no local, já que o canteiro de obras estava com as portas fechadas. “Fomos avisados do acidente às 15h30. Não havia nenhum responsável pela empresa e nem operários aqui. O corpo estava totalmente abandonado e a família da vítima não tinha sido avisada”, reclamou o sindicalista Antônio Francisco de Jesus. “Não sabemos o que aconteceu porque os outros operários foram embora com medo”, disse o soldado Levy, da Polícia Militar, que esteve no local do acidente. A técnica de segurança do canteiro de obra aguardava trancada numa sala, sem falar com a imprensa. Ela conversou com o sindicalista Walber Rachid e disse para ele que a vítima recebeu o equipamento de segurança para trabalhar.
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