terça-feira, 20 de maio de 2014

Bacia de contenção da Imerys pode ser interditada.

Bacia de contenção da Imerys pode ser interditada

Segunda-Feira, 19/05/2014, 17:52:09 - Atualizado em 19/05/2014, 19:27:06 1 comentários

Bacia de contenção da Imerys pode ser interditada (Foto: Divulgação/MPF)Tamanho da fonte: A- A+
(Foto: Divulgação/MPF)


O Ministério Público do Estado (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) pediram à Justiça Federal, em Belém, que ordene a interdição de uma das bacias de contenção de rejeitos do beneficiamento de caulim da Imerys Rio Capim Caulim S.A, em Barcarena, nordeste do Estado. Segundo denúncia, nesta segunda-feira (19), ocorreu o quinto vazamento de caulim da planta em menos de 15 dias.
Peritos do MPF indicaram que uma das bacias de contenção da empresa, a sub-bacia 5, sofreu um rompimento que pode ser a origem de todos os vazamentos, que começaram no dia 6 de maio. O rompimento, inclusive, foi constatado em inspeção na semana passada, após vazamentos nos dias 6, 8, 11 e 13 de maio.
Os moradores da região informaram hoje o novo vazamento, já confirmado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Barcarena. Para o procurador da República, Bruno Soares Valente, e a promotora de Justiça, Viviane Lobato Sobral, que acompanham o problema, a bacia tem que ser interditada e esvaziada para que se evite um desastre maior.
O laudo do Instituto Evandro Chagas indica que o prejuízo ao meio-ambiente é bem maior do que a empresa admite. A empresa vem dizendo à imprensa que não há risco para a população com os vazamentos por se tratar de material “inerte e atóxico”, mas os testes do Evandro Chagas já comprovaram a alteração de vários parâmetros químicos nas águas do igarapé Curuperé em relação aos dados coletados nos anos anteriores, indicando que o material causou contaminação.
Após o primeiro vazamento, a empresa informou à Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará (Sema) que não havia ocorrido vazamento e sim mero deslizamento de barro. Somente após a vistoria in loco a empresa voltou atrás e admitiu o vazamento, porém, minimizando-o e dizendo que havia durado apenas nove minutos.
Já o segundo vazamento foi negado pela empresa. Após o terceiro vazamento, em 11 de maio, a Imerys disse às autoridades que o problema ocorrera em razão de suposta sabotagem, “ocultando a gravíssima informação de uma de suas bacias encontra-se com estrutura comprometida em razão de uma fissura”, diz a ação judicial.

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