Justiça libera obras da Arena Amazônia, mas veta trabalho noturno na cobertura
DE MANAUS
A
Justiça do Trabalho do Amazonas liberou, na tarde desta quarta-feira,
as obras em altura da Arena Amazônia, embargadas desde o último fim de
semana, quando um operário caiu da cobertura e morreu. No entanto, os trabalhos que envolvem a cobertura não poderão mais ser feitos sem luz natural.
A
decisão ocorre após acordo entre a construtora e os procuradores do
trabalho, que terminaram nesta quarta-feira a perícia judicial realizada
no local.
Segundo
o TRT (Tribunal Regional do Trabalho), a vistoria constatou que a
construtora adotou as providências necessárias nos setores da obra que
envolvem trabalho em altura.
"Pelo
novo acordo, a Andrade Gutierrez terá mais obrigações a cumprir,
estando sujeita às penalidades estendidas a estas novas obrigações", diz
nota do TRT.
Segundo
a UGP (Unidade Gestora do Projeto Copa), ligada ao Estado, um novo
cronograma será discutido com a Andrade Gutierrez. O último prazo
estipulado era a segunda quinzena de janeiro, mas ele deve ser
prorrogado.
Segundo o Estado, a arena precisa ficar pronta até abril, data limite estipulada pela Fifa.
Arena da Amazônia
Bruno Kelly/Reuters
Trabalhador observa construção da Arena da Amazônia, em Manaus
Na
madrugada de sábado, um operário de 22 anos morreu após cair de uma
altura de 35 metros enquanto trabalhava na fixação da cobertura do
estádio. Em março, um funcionário de 49 anos morreu também em
decorrência de queda durante o trabalho.
A
Arena Amazônia terá capacidade para 43 mil pessoas e receberá quatro
partidas do Mundial, como Inglaterra x Itália e Portugal x EUA.
O novo estádio está 93,31% concluído e tem custo estimado de R$ 605 milhões.
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