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Jornal do Terra
Dilma e Juan Manuel Santos estudam aproximar Aliança do Pacífico e Mercosul
A
presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira em Brasília com o
presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, com quem analisou assuntos
bilaterais e regionais, e a possibilidade de "aproximar" a Aliança do
Pacífico e o Mercosul.
A
Aliança do Pacífico, que integram Colômbia, Chile, México e Peru, "não é
contra ninguém" e "uma sinergia com o Mercosul seria bem-vinda",
declarou Santos aos jornalistas às portas do Palácio da Alvorada,
residência oficial de Dilma em Brasília.
Segundo
Santos, existe "interesse" tanto da Colômbia como do Brasil para
"aproximar" ambos os blocos, sobre os quais considerou que são
"complementares" e afirmou que não competem entre eles.
O
Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e
Venezuela, e nos últimos anos foi criticado por empresários dos próprios
países-membros por sua incapacidade de avançar em acordos comerciais
com outros blocos.
Segundo
Santos, uma "aproximação" entre Mercosul e Aliança do Pacífico
"deixaria todos mais fortes" e daria mais "força" aos processos de
integração na América Latina.
Esse
interesse será transmitido aos líderes dos países da Aliança do
Pacífico nesta sexta-feira, durante a IX Cúpula do bloco que será
realizada no México, para onde viajará hoje mesmo, após assistir ao jogo
que a seleção da Colômbia jogará em Brasília contra a Costa do Marfim
na Copa do Mundo.
Santos
também explicou que conversou com Dilma sobre o processo de negociações
de paz com as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(Farc) e os contatos que foram iniciados no mesmo sentido com o
Exército de Libertação Nacional (ELN).
Sobre
o ELN, o governante se absteve de dar detalhes, pois reiterou que
existe um "acordo de confidencialidade" com o grupo, mas garantiu que os
contatos "exploratórios" vão por "um bom caminho" e "na "direção
correta".
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Santos
disse que Dilma manifestou seu pleno apoio a essas negociações e
ressaltou que o Brasil "sempre" apoiou a busca da paz na Colômbia.
"Brasil
teve uma ativa participação em todo este processo" e "ajudou muito
desde o início", declarou Santos, que lembrou que o governo brasileiro
apoiou com a logística em libertações de reféns que estavam em mãos das
Farc.
No
último dia 10, quando informou oficialmente sobre os contatos
"exploratórios" com o ELN, o governo colombiano agradeceu "a boa vontade
e o compromisso" de Brasil, Chile, Cuba, Equador, Noruega e Venezuela,
que seriam "fiadores" dessa negociação.
O
presidente colombiano disse que também conversou com Dilma sobre as
possibilidades que existem para ampliar os intercâmbios comerciais entre
ambos os países, que no ano passado alcançaram a soma de US$ 4,2
bilhões, assim como acordaram promover ainda os investimentos mútuos.
Santos também deu os "parabéns" a Dilma pela organização da Copa, que foi um dos assuntos que o trouxe hoje ao Brasil.
O
presidente colombiano deve assistir à partida entre a seleção da
Colômbia e a da Costa do Marfim nesta tarde, na qual pode ser
classificada para a segunda fase do Mundial.
O
presidente aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem de estímulo à
seleção colombiana, que dirigida pelo treinador argentino José Pekerman.
"A
seleção neste momento é um símbolo de união nacional e o técnico e os
jogadores têm 47 milhões de colombianos os apoiando", afirmou o líder,
que disse que presenciará o jogo com "toda" a sua família.
Perguntado sobre um possível resultado, Santos deixou de lado a diplomacia e arriscou: "A Colômbia ganha por 2 a 1".
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