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Avicultores devem paralisar entrega de frangos na região
A JBS, líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, além de ter uma forte participação na produção de carne suína, usa de seu poderio econômico para aumentar ainda mais a sua lucratividade, pagando aos avilcutores, apenas 0,4 centavos por por ave, valor inferior aos custos de produção.
Os avicultores, tidos como “colaboradores”, são induzidos a buscar financiamento bancário para a instalação em suas terras de granjas produtoras de aves, a serem entregues à JBS.
Os avicultores tem buscado negociação com a JBS para correção e atualização do preço que lhe são pagos pela entrega das aves, com reajuste de pelo menos 30% para que possam fazer frente aos seus custos e pagamento dos financiamentos bancários.
A JBS tem se negado a negociar quaisquer reajustes, colocando os agricultores em situação de alto risco de quebra, o que tem levado ao desespero dos avicultores, sendo que muito deles já pensam até em suicídio, diante da iminência de quebra.
Em razão desse quadro de intensa crise com a JBS, os avicultores da Região Sul de Santa Catarina definiram em Assembléia Geral realizada em 12 de abril de 2014, pela paralização no fornecimento de frangos aos três frigoríficos da JBS na Região, onde são abatidas 420 mil aves ao dia. A paralização tem data marcada para o seu início: dia 23 de abril.
Veja a reportagem da GLOBO sobre essa questão:
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Avicultores do Sul não entram em acordo com empresas
Reunião com representantes do Grupo JBS terminou sem proposta de aumento
26 de Março de 2014
Foto: Vanessa Amando/Engeplus
Os avicultores do Sul catarinense continuam descontentes com o valor pago pelo frango e com a postura do Grupo JBS em não negociar um aumento. Em reunião nesta quarta-feira, representantes da Associação de Avicultores do Sul Catarinense (Avisul) e da JBS não entraram em acordo. Por isso, segue mantida a possibilidade de uma paralisação da categoria ainda no início de abril.
Conforme o site Engeplus, o presidente da Avisul, Emir Tezza, afirma que "os avicultores saíram da reunião mais desanimados do que já estavam". Segundo ele, o Grupo JBS - responsável pelas empresas de Forquilhinha, Nova Veneza e Morro Grande - não apresentou nenhuma proposta e não ofereceu nenhum aumento.
Tezza explica que, hoje, os avicultores recebem R$ 0,40 por cada frango, mas pedem, no mínimo, um aumento para R$ 0,80, sendo que o custo médio de produção, segundo pesquisa realizada pela Embrapa no ano passado, é de R$ 0,50 por ave. Caso as empresas insistam em não atender esse pedido, uma paralisação deve acontecer depois do dia 15 de abril.
"Vamos convocar assembleias nas três microrregiões do Sul do Estado (Amrec, Amesc e Amurel) e, se não tiver negociação até o próximo dia 11, nossa vontade é fazer a paralisação. Inclusive, a manifestação será seguida pelos avicultores do planalto Norte e Meio Oeste catarinense, pois eles enfrentam uma situação semelhante à nossa", adianta Tezza.
O que diz o Grupo JBS - Na tarde de hoje, representantes do Grupo JBS concederam uma entrevista coletiva à imprensa, na qual apresentaram a forma de trabalho das empresas da região Sul e os desafios enfrentados por elas com os pequenos produtores.
O diretor de agropecuária do Grupo, Osório Dal Bello, afirma que os valores praticados no Sul catarinense não estão diferentes do que é aplicado no mercado nacional. Ele acrescenta que alguns produtores conseguem melhores resultados e recebem mais, o que não acontece com todos, mas existe a possibilidade de melhorar essa situação e que a empresa dispõe de mecanismos para ajudar esses produtores nesse sentido.
Já o diretor de operações da JBS, Sérgio Sampaio, destaca que a empresa não tem a política de negociar aumento direto com o produtor, mas, sim, com todos eles, pois trata-se de um interesse coletivo, pois o Grupo JBS também quer que o pequeno avicultor cresca e tenha resultados melhores. Para isso, uma equipe de profissionais será trazida ao Sul do Estado para orientar os produtores e ajudar na solução dos problemas.
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