segunda-feira, 3 de novembro de 2014

SAÚDE ABALADA & MASMORRAS DA IDADE MÉDIA: Itália nega extradição e Pizzolato ganha liberdade.

Jornal do Terra

Itália nega extradição e Pizzolato ganha liberdade

Juízes decidiram que, por Pizzolato ser cidadão italiano e estar com a saúde abalada, não poderia descontar a pena no Brasil onde o cenário das prisões não é favorável

·         Rafael Belincanta
Rafael Belincanta
Direto de Roma
http://p1.trrsf.com.br/image/fget/cf/423/284/0/102/460/340/images.terra.com/2013/11/16/08henriquepizzolato.jpg
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi ondenado a 12 anos e sete meses de prisão
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
A Itália rejeitou o pedido de extradição do governo brasileiro para que Henrique Pizzolato cumpra pena no Brasil. O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil deixou a prisão em Módena no início da noite desta terça-feira. Os juízes decidiram que por Pizzolato ser cidadão italiano e estar com a saúde abalada não poderia descontar a pena no Brasil onde o cenário das prisões não é favorável.  
Michele Gentiloni, advogado italiano contratado pelo Brasil para auxiliar os representantes da Procuradoria Geral da República, não quis comentar a decisão, porém adiantou que as motivações dos juízes serão publicadas dentro de 15 dias. O promotor da Procuradoria Geral da República, Eduardo Pelella, todavia falou com os jornalistas antes do início do julgamento, nesta manhã. “Independentemente de qual for a decisão, cabe recurso”. 
A Corte Suprema, em Roma, deverá julgar em última instância o pedido de extradição de Pizzolato, o que deverá acontecer somente em 2015. No escritório do advogado de defesa de Pizzolato, Alessandro Sivelli, ninguém quis comentar a decisão ao Terra. Entretanto, a defesa alegou que o julgamento do Mensalão não respeitou os princípios jurídicos de que o réu deve ser julgado em mais de uma instância. 
A deputada ítalo-brasileira no parlamento italiano, Renata Bueno, em entrevista ao Terra, disse que “aguarda novas informações sobre o caso para se pronunciar, contudo reiterou sua posição favorável à extradição”.
Henrique Pizzolato, 61 anos, chegou à Corte de Apelação de Bolonha, no norte da Itália, por volta das 10h30 desta terça-feira para a segunda audiência do processo de extradição requerido pelas autoridades brasileiras. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
A primeira audiência na Corte de Apelação de Bolonha aconteceu em 5 de junho. Naquela oportunidade, os juízes decidiram adiar a decisão sobre a extradição porque não teriam recebido informações suficientes da justiça brasileira sobre as condições das prisões onde Pizzolato poderia descontar a sua pena no Brasil.
No início do ano, após a Interpol ter emitido um mandado internacional de prisão, a polícia italiana começou as buscas por Henrique Pizzolato. Poucas semanhttp://noticias.terra.com.br/brasil/italia-nega-extradicao-e-pizzolato-ganha-liberdade,1edb2e361c759410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

as depois, no dia 5 de fevereiro, o fugitivo acabou sendo preso em Maranello, no norte da Itália, na casa de um sobrinho, após viver ilegalmente na Europa com documentos do irmão falecido em 1978.

Nenhum comentário:

Postar um comentário